sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Filme: Álbum de Família | Entre gritos e conflitos.

Mais que um drama, o filme Álbum de Família é uma história de vida, aquela história que todos estamos acostumados a ver e, muitas vezes, em nossa própria casa.
Dirigido por John Wells, o filme relata o drama de uma família repleta de conflitos. Três irmãs são obrigadas a voltar para casa e cuidar da mãe, viciada em remédios, depois que o pai, alcoólatra, comete suicídio. Com isso, toda a família aparece para ir ao enterro. Mas esse encontro acaba não sendo tão agradável.
A trama destaca-se por gritos, choros, segredos e rancor, o que geralmente acontece em uma família com problemas, então a história não poderia ser diferente.

Cada personagem atribui sua infelicidade no outro, começando pela mãe Violet (Meryl Streep), que sofre pela morte do marido, Beverly, por seu vício e sua insatisfação de quem carregou o mundo nas costas durante anos, atingindo suas três filhas, Barbara (Julia Roberts), Ivy (Julianne Nicholson) e Karen (Juliette Lewis).
O escritor Tracy Letts, assim como um ótimo roteirista, usou as diversas possibilidades de uma discussão em família, sem o extremo cuidado em ofender uns aos outros com palavras de agressão e rancor.

Álbum de Família tem a naturalidade de um fato real e todo o exagero que os conflitos aparentam ter. Transmite o sentimento de cada personagem, em seus gritos e olhares, diante a revelações bombásticas.
As dificuldades em lidar com certas situações são muito bem expostas, analisando todo o elenco e suas atuações. E que por sinal, o elenco está formidável.


O filme termina um tanto indeciso, com abandono e desespero. Com conversas e brigas inacabáveis, o que geralmente acontece em histórias como essa.
Com um elenco e trilha sonora muito bem escolhida, o Filme não teve uma boa repercussão, mas levando em conta que tudo aparenta ser real, é sim um filme muito bem produzido e de alta sensibilidade.

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

David Bowie - Suas caras expostas no MIS.

David Bowie, mais conhecido como o Camaleão do rock, nasceu em Brixton no dia 8 de janeiro de 1947. Bowie é músico, ator e produtor musical, conhecido mundialmente por sua criatividade, competência musical e inovação. Conquistou o mundo nos anos 70 e, até hoje, depois de 10 anos sem lançar nada, conseguiu, mais uma vez, surpreender o público com o lançamento do álbum The Next Day, no ano passado.


E, mais uma vez, vai surpreender. O MIS - Museu da Imagem e do Som - vai apresentar a exposição "David Bowie", a partir do dia 31 deste mês, organizada pelo Victoria and Albert Museum (V&A) de Londres. Você vai poder ver, além de set lists, letras de músicas, manuscritos, instrumentos e desenhos, trechos de filmes e shows ao vivo, videoclipes e fotografias. "O desafio desse tipo de exibição é justamente reunir material, então nesse sentido boa parte do trabalho já estava feito," conta Victoria Broackes, curadora do V&A ao lado de Geoffrey Marsh.

Será uma viagem aos inúmeros personagens de Bowie e suas experiências com o surrealismo, tão destacada em sua carreira. Uma verdadeira viagem dentro do processo criativo de Bowie.

Além da exposição, que apresenta todas as suas obras e influências nos diversos movimentos artísticos, o livro comemorativo da mostra, que será lançado pela editora Cosac Naify, também ganhou versão nacional. Com mais de 300 páginas, traz análises e ensaios sobre a influência de Bowie. A publicação é uma tradução do livro original feito pelo V&A, em ocasião da exposição em Londres.


Ingressos
Antecipados: (R$ 25) à venda a partir do dia 2 de janeiro pelo site www.ingressorapido.com.br e nas lojas Youcom de São Paulo*

Bilheteria: à venda a partir de 31 de janeiro na recepção do MIS R$ 10(inteira) e R$ 5 (meia). Às terças-feiras a entrada no MIS é gratuita.

domingo, 29 de dezembro de 2013

Contentamento Descontente.

2013 foi o ano da força. Aprendi a ser forte e a viver.

O ano começou com desapego. Mas logo, bem no início, fui surpreendida com uma paixão, um reencontro que me proporcionou momentos de prazer e felicidade. Foi intenso e gostoso e até um texto eu escrevi sobre o assunto. Aprendi a desapegar. Teve um final um pouco triste mas, superei rápido. Obrigada, Bruno. 

O ano que quase levou a minha mãe, meu exemplo, a pessoa que eu amo. Foi a coisa mais difícil que tive que enfrentar na vida. Chorava todos os dias e por um momento desisti daquele pensamento positivo que sempre ajuda. Eu não tinha ideia para onde ir, o que fazer e nem o que pensar. Eu só sabia que teria que viver sozinha, a partir dali. Várias vezes me questionei sobre a existência de Deus, pois precisa muito de ajuda, mas caí sobre o mesmo conceito. Não tem jeito, não acredito. Obrigada a todos que estiveram ao meu lado, que me acolheram em abraços amigáveis, que me enviaram mensagens fortificando a minha luta. Deu certo. Toda a energia positiva ajudou a minha mãe continuar viva. Obrigada, amigos queridos.

Minha melhor amiga se afastou de mim e meu coração doeu. Notei que é impossível caminhar sem um amigo. Eu estava feliz e precisava compartilhar aquilo com ela. Mas no final deu tudo certo, nos entendemos novamente e cá estamos, juntas à quase cinco anos. Ela me ensinou e eu a ensinei. Conselhos, risadas, lágrimas, danças, bares, homens, companheirismo, sinceridade e amizade. É uma irmã. Obrigada, Érika.

Sabia que ia conseguir um emprego bom e, que não poderia aceitar qualquer coisa apenas por dinheiro, eu ainda tinha boas condições e poderia esperar o momento certo chegar. E chegou. Um rapaz de olhos verdes com a camiseta da cerveja Duff me contratou. Além de diretor de criação, foi um grande amigo e professor. Aprendi muito com todos lá dentro, conheci pessoas maravilhosas que colocavam um sorriso em meu rosto a cada dia de trabalho. Até que um dia recebo a notícia que fui eleita a garota mais gente boa da agência. Que tremendo privilégio. Eles gostaram de mim e, fico muito feliz por isso. Todos estão em meu coração, todos! Obrigada, Martinianos.

Foi o último ano da faculdade, depois de lutar e protestar para conseguir estudar. TCC, tenso TCC. Fui chamada de arrogante e grosseira, palavrinhas que acompanharam muitos desentendimentos. Minha cabeça doía e eu quase não dormia. Não via a hora de acabar. Mas acabou. Com uma boa nota, por sinal. Valeu a pena o estresse. Obrigada, FMU.

Fechei um contrato, daqueles que te levam para outro mundo. Caralho, eu vou viver. Vou precisar seguir sozinha por um tempo, mas isso eu conto ano que vem. Obrigada, pai.

Fui assaltada por um motoqueiro que me chamou de filha da puta e levou meu cel. Cretino, comprei outro melhor. Fiz mais duas tatuagens, tirei minha carta de habilitação e passaporte. Agora, ninguém mais me segura. E em um almoço qualquer com os amigos, baixei o aplicativo Tinder, que rendeu bons momentos.
Escrevi bem mais esse ano e, entre tantos textos, fiz meu primeiro conto erótico, que fez bastante sucesso. Mais de 200 visualizações aqui no blog e vários comentários em um grupo de contos do Facebook. Fiquei feliz. Obrigada aos que curtiram.

A palavra que tinha escolhido para este ano era “Contentamento”. Acho que na maior parte do tempo não vivi isso, mas com toda certeza, terminei com ela, com essa palavra, que me serve, agora, como um par de luvas.

Das 26 metas que tinha para 2013, cumpri apenas 12, mas estou satisfeita, esse ano me fez crescer. E está terminando com sorrisos, com a inscrição de um curso na Belas Artes, com o ingresso do show do Metallica em mãos e uma passagem para Minas Gerais.

Obrigada, ano.

E faz 4 anos que espero por 2014. É o ano do meu sonho, é o ano onde muita coisa se realiza, onde tudo dá certo e alcanço minha total independência, que foi tão desejada.
E para esse ano, quero três palavras: Desapego, Aprendizagem e Liberdade.
Vamos que vamos!

Feliz Ano Novo!

“Não se consegue achar paz evitando a vida.”


sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Sem Pudor.

Escrevi esse conto ouvindo a música abaixo. Apertei o play umas quinhentas vezes. Então, ela também faz parte. Ouça enquanto lê. E, que fique claro que nada é real, apenas uma história.

...

Ele namorava e, eu, o olhava.
Amigo de meus amigos. 

Estávamos todos num bar, sentados, jogando conversa fora. Ela, um amor de pessoa. Sentia-me constrangida por estar olhando para o homem que a acompanhava naquela noite quente. Mas ele me intimidava. Encarava-me discretamente enquanto acariciava a perna de sua namorada e, no mesmo instante, ela massageava seus cabelos. Aquela cena já estava me deixando louca, fervia por dentro. Imaginava-me entre eles. Que calor. Não conseguia largar o copo trincado de cerveja, que descia pela minha garganta como fogo.
Depois de algumas horas, os dois se levantaram e ela se despediu. Mas para minha sorte, ele soltou um: “Já volto”. Com meu coração acelerado, sorri.
Ele voltou. Sozinho. Sentou ao meu lado. Todos conversavam. Até que senti uma de suas mãos em minha perna (estava de vestido) e, sussurrou em meu ouvido: “Sua pele é macia”. Fiquei trêmula.
Levantei, precisava ir ao banheiro, aquele homem estava me deixando louca e eu sabia que não poderia fazer nada além de admirá-lo. Ele namorava. Não poderia. 

Cheguei ao banheiro e alguém segurou o meu braço, era ele. Puxou-me diante seu corpo, me empurrou para trás com a mão em minha cintura e fechou a porta. Eu não conseguia soltar uma palavra sequer. Estava ofegante. “Estou louco pra te comer aqui mesmo”. Puxou meus cabelos, lambia e chupava meu pescoço e, sua outra mão já estava debaixo de meu vestido. Eu estava queimando por dentro, molhada e com vontade de chupá-lo. Coloquei uma perna em cima do vaso e fui com a mão em seu pau, deslizando com movimentos suaves. Colocou minha calcinha de lado e começou acariciar meu clitóris. Eu gemia. Apertou meu pescoço diante à parede, sufocando-me lentamente. Aquilo me dava prazer. 

Ato depravado e sem pudor. Era aquilo que eu queria. Beijava-me com intensidade. Pressionava-me na parede e, há essa hora já estava com seu pau dentro de mim, colocava e tirava deixando-me ainda mais quente. Fervia. Segurou minhas duas pernas e me levantou. Agarrei seu pescoço e levei sua boca em meu mamilo, duro feito pedra. “Com mais força”, eu falei. Ofegava em meu pescoço, ele ia gozar. Gozou, mas não parou. Queria me ver gozar também. Quando eu estava quase no ápice, me colocou no chão e desceu sua boca até meu clitóris e começou a chupá-lo, mordê-lo. Sua língua, quente, me deixava ainda mais molhada. Gemia. Gozei. “Que delícia. Você tem um gosto incrível”. Passou suas duas mãos em meu rosto, arrumou meu cabelo, meu vestido e me beijou. “Era isso que eu queria. E era isso que você também queria.” Abriu a porta e saiu. Estava completamente trêmula. Lavei o rosto e saí. Voltei pra mesa, envergonhada, e sentei. Todos perceberam, mas ninguém se atreveu em tocar no assunto. 

Começamos a nos despedir e, sem ao menos perguntar, afirmou que me levaria até em casa. Conversamos, tivemos tempo o suficiente para nos “conhecer” melhor. Sua mão já estava entre minhas pernas e não pensei duas vezes, abri seu zíper e o chupei enquanto dirigia. Parou o carro. Continuei. Ele gozou.

“Não vou te levar pra sua casa, vou te levar pra minha. Quero te comer de novo, de quatro.”

E foi assim que terminei a noite, de quatro, com ele. 


segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

O Diário de Daniela.


Uma história:

Menina frágil, que passou a infância conversando sozinha e brincando com amigos imaginários por toda a casa. Claro, também passava muito tempo brincando na rua, descalça, com seu irmão e amigos.

Julie. Esse era o nome da cachorra de seu tio. Todas as vezes que a menina chorava naquele corredor estreito e gelado, Julie ficava ao lado, com o focinho entre as patas, até parecia que chorava junto. Ela também sofria. Até que um dia Julie faleceu, e a menina passou a chorar sozinha, só que com um motivo a mais. Julie fazia falta. Ela compreendia as dores da menina e nunca a deixava sozinha.
Daniela, era o nome da menina.
Daniela adorava escrever, bobagens de fato. E era apaixonada por poemas. Vivia lendo os de sua mãe, que ficavam em um caderno pequeno de capa vermelha. Vivia com aquele caderno pra cima e pra baixo, e os melhores poemas, transcrevia para seu diário. Era algo que provocava diversos efeitos em seu coração. Aquilo a ajudava ver beleza no mundo.

Daniela presenciou muitas brigas, muitas confusões na infância. Tentava amenizar com seus gritos, mas parecia que ninguém a ouvia. Era uma criança, sensível e sonhadora, que pedia à Deus todos os dias para que tudo ficasse bem. Chorava no pé de sua mãe para não deixá-la sozinha. Tinha muito medo. Daniela era sonâmbula, e uma vez, levantou da cama, abriu a janela e gritou: "Mããããe!". Fechou a janela e voltou a dormir.

Conforme o tempo foi passando, passou a ter muito ciúmes, continuava a se sentir sozinha e era cheia de complexos. Para aliviar isso, Daniela se perdeu por um período. Pupilas dilatadas e mãos trêmulas. Aquilo preenchia o vazio. Escrevia todas as suas sensações e cada letra ocupava duas linhas do pequeno caderno de capa vermelha (Igual o de poesias de sua mãe). Período sombrio. Começou a brigar muito com sua mãe. Ninguém de sua família entendia o motivo, apenas ela. Eram brigas feias que sempre acabavam em lágrimas e em uma vontade enorme de morrer. Daniela, desde criança, sentia falta de muitas coisas, e nunca teve uma boa relação com a mãe. Ao contrário de seu pai, que sempre a defendeu. Ela era ligada à ele.

Daniela cresceu, aprendeu, sobreviveu. Hoje é uma moça feliz. Tem vários amigos, passa por momentos ótimos, é formada e trabalha com a escrita, o que sempre gostou de fazer. Não pede nada à Deus, pois desacreditou. Continua muito ligada ao pai, mas infelizmente, a relação com sua mãe continua a mesma, e raramente é chamada de "filha".

Dizia Daniela: "Você só me julga. Respeite o meu dia, eu não estou bem, estou com dor. Respeite isso, por favor." Mas sua mãe parece ter uma necessidade imensa em discutir e colocá-la para baixo. Dizia: "Você não vai conseguir se virar. Eu não estou te julgando, saiba o significado das palavras antes de falar." Daniela, ao ouvir sua mãe batendo as coisas em casa, achou melhor ir para o quarto e continuar sozinha, assim como passou a tarde inteira, para também não piorar a situação, que já estava começando a ficar chata. Mas bateu a porta. Em seguida, alguns chutes e socos na porta fizeram com que Daniela saísse de si. "Para! Para! Me deixa sozinha!", gritava. Sua mãe, sem vontade alguma de terminar aquela confusão, entrou e disse: "Me respeita, não grita, para de histeria. Se você quiser sair daqui pegue tuas coisas e vá". Sua mãe parecia não compreendê-la naquele momento, enquanto a garganta de Daniela já estava rasgando pelos seus gritos. "Me deixa em paz, me deixa sozinha".

Mesmo sangue e duas pessoas completamente diferentes. Qualquer besteira é motivo de discussão.
Enquanto Daniela chorava no quarto, o telefone de sua mãe toca, "Oi filho...", com uma voz serena e acolhedora.

Começou a chover, mas Daniela preferiu não fechar a janela e deixar a chuva entrar. Até que começou a ouvir uma briga na casa ao lado, de duas mulheres: "Cala a boca, não grita." Será que isso nunca vai me deixar em paz? Pensou. Hoje em dia, Daniela tem pavor a brigas.
Faltam apenas 6 meses para Daniela sair daquela casa. Vai doer, ela sabe, mas vai ser melhor.


É difícil para uma pessoa escrever algo tão delicado, algo que há anos a incomoda, a entristece e que a coloca no chão, com os olhos cheio d'água. Mas há uma necessidade tão grande de gritar para o mundo, de ser ouvida e que por mais difícil que seja, essa pessoa acaba escrevendo. Talvez falhe e seja até um erro, mas, a necessidade é tanta que até o português sai errado. Eu, Fernanda, abri o diário de Daniela e, faço o possível para compreendê-la, por mais difícil que seja.

Ah, Daniela também era o nome de sua amiga imaginária. 

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Não.

Eu digo não,
mas meu coração, não.
Minha mente, sim,
E meu corpo, não.
 
Estou perdida sobre o calor de minhas mãos.
O medo é maior que qualquer outra situação.
É preciso tomar uma decisão,
Ou não.

A melodia fica suave naquele refrão.
Parece mais um perfume do que uma canção,
Deixando rastros pelo chão.
Perfeição.

Para ser feliz, não podemos ter tanta razão.
Deixa fluir, pois quero seguir sem preocupação.
O sossego é o meu capitão,
e está segurando a minha mão. 


quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Desapego

A menina que decidiu largar o namorado, o cara que foi morar na praia, o gato que fugiu de casa, a vizinha morena que ficou loira, a blogueira que vendeu todas as suas roupas. Liberdade, coragem, independência. Desapega, filho, é a melhor coisa que você faz.
Chega de chorar e deixe as coisas andarem sozinhas, elas precisam disso e você também. Encerre um clico e comece outro. Deixe no passado o que ficou no passado. O agora pode ser bem melhor do que imagina. Olhe sempre à frente, faça o seu caminho e vá. Desprenda-se. Um hábito não é uma necessidade. Feche a porta, mude o disco, abra um vinho e dance, a melhor direção está em sua mente. Construa novas histórias, liberte-se de tudo, siga novos rumos, desvende novos mundos.
Quando fizer as malas, abrace todos que ama e vá. Coloque energias positivas em sua mente.

Se tiver vontade, faça. Se perdê-la, desista. Parece difícil, mas não é. Vai doer, talvez, mas passa. Se derrame e, se der, ame, mas não se prenda.
Faça coisas diferentes, visite lugares diferentes, mude, passe pra frente aquilo que já não usa, troque, fale, aceite. Aceite doer inteiro até florir de novo. Não tenha medo. O medo te prende, te cala e te corrói. Mudanças são leis que não podem ser corrompidas. Abrace-as todas e, se for preciso, mude de novo, e de novo, e de novo. Solte seus balões, mude a marca do café, siga com teus próprios pés. Seja firme e abra suas asas.
Desapegue do mundo, desapegue do ócio, desapegue de seus objetos e de seus próprios desejos, apenas viva.
Cultivar a simplicidade também ajuda. Faça do desapego, o seu sossego.

terça-feira, 2 de julho de 2013

Se não fosse o amor, não seria eu.

Tantas coisas acontecem. Amores, dores, sorrisos e rios de lágrimas. As vezes muito intenso, outras, nem tanto.
O amor pela vida, pelas pessoas, pela natureza, pelos animais, pelas cores, pela arte, pela música. Um amor de garrafa, àquele que só dentro é possível notar. É único, é complexo.
Difícil explicar o sentimento às pessoas e coisas que estão ao redor. Amor de mãe, de pai, de irmão. Amor de amigo, de casal, amor carnal. Amor pela música, por textos, por arte. Amor às flores, às árvores, aos pássaros. Amor pela lua, pelas estrelas, pelo céu. Amor pela liberdade, pela conquista, pelo carinho. Amor ao sexo, ao corpo, amor ao amor. São tantos. Todos simples, mas amor.
Temos marcas, todas compostas por acontecimentos. E se não fossem as minhas malas cheias de memórias (apesar de ter memória fraca), ou aquela história que faz mais de um ano, ou apenas um mês, se não fossem os danos, não seria eu. Se não fosse a escola pública, as goteiras dentro de casa ou as diversas brigas em família, não seria eu. Se não fossem os dias no hospital, a pancreatite ou a curiosidade pelo desconhecido, não seria eu. Se não fosse meu coração apaixonado, as amizades verdadeiras ou minha profissão, não seria eu. Aprendi muitas coisas e ainda há milhares de coisas a serem vividas e experiências a serem adquiridas. E é com algumas poucas coisas que adquiri um lado romântico que não tenho medo de assumir. Gosto do amor e do ato de amar, sem medo. E é por isso que resolvi marcar a minha pele com algo que representasse esse meu lado meio doido de amar, pois quero viver em um mundo onde crianças de 5 anos não perdem a vida com um tiro na cabeça, mas sim em um mundo com mais amor. E como diz Pablo Neruda, "Si nada nos salva de la muerte, al menos que el amor nos salve de la vida." ♥

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Mania Minha.


Eu não preciso de muito, mas confesso que as vezes o excesso me atrai, e sinto vontade de mais. Mais paz, mais harmonia, mais noites bem dormidas, mais sexo, mais amor, mais carinho, mais eu, mais nós. O nós que ainda é desconhecido.
Jogada no tapete do quarto, quero aquele olhar que não cansa, o desejo que escorre pela boca e o minuto do segundo seguinte. Nada é muito quando é demais.
Ouço a voz do desconhecido, voz rouca e suave. O peso da sua música me acalma. Sinto seus braços longos e o cheiro do seu cabelo. Consigo ver em seus olhos suas vontades, diferentes, porém iguais as minhas. Por que não aparece? Vamos nos conhecer. Eu estou bem sozinha, mas quero me sentir melhor. Já aprendi a me amar, agora posso dar tudo o que você precisa.

Há um ano, estive internada e passei os piores dias da minha vida em uma cama de hospital. Eu senti dor, eu senti medo. Somos pequenos demais, mas podemos fazer tudo, satisfazer todas as nossas vontades. Você pode correr, pode cantar, conversar, transar, aprender tudo e até voar. Conhecer o mundo, seja de avião, de carro, de ônibus, de bike ou até mesmo através dos livros. Você pode. Está livre.
Então esteja livre para conhecer quem quiser, e livre para deletar àqueles que falam mal, que não querem o seu bem. Pois os problemas já são grandes demais para ter que conviver com isso. 
Com tudo isso e mais um pouco é que hoje as minhas vontades são diferentes, meu coração é vulcânico e meus desejos cada vez mais loucos. E esse desejo louco pelo desconhecido está me corroendo.

"Então delete tudo aquilo que não valeu a pena. Quem mentiu, quem enganou seu coração, quem teve inveja, quem tentou destruir você, quem usou máscaras, quem te magoou, quem te usou e nunca chegou a saber quem realmente você é."
Eu quero o novo, eu quero mostrar quem realmente sou. Eu quero você, ser desconhecido. Mas enquanto isso, vou cuidar de mim. De mim, do meu coração e dessa minha mania de querer demais.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Gente Que Gosta da Gente.

Difícil mesmo é agradar à todos.
Litros e mais litros de qualidades e defeitos. Complicado lidar com os familiares, quem dirá com os estranhos.
Na imensidão de pessoas que passam por nossas vidas, pode ter certeza que pelo menos metade não consegue lidar com as diferenças. E ninguém é obrigado a gostar de ninguém, mas por que não gostar? A vida é composta de gente, de amigos, de conhecidos. Tão bom encontrar pessoas para conversar, para tomar café, ou apenas para fazer sexo (quem sabe?). Percebo que muita gente se afasta disso, se afastam de intimidade, de afinidade, de amizade, ficam apenas no ciclo que já estão acostumados. Tolos esses que pensam assim. Pessoas são sinônimos de experiências, de conhecimento, de aventura, de liberdade. São como livros. Temos um carinho e um cuidado enorme, e nos agregam muita coisa.
Lindos àqueles que gostam da gente como somos. Não iremos casar, apenas manteremos um contato casual, ok? Principalmente àqueles que já viram nosso corpo nu em uma cama. Claro que de vez em quando uma intimidade momentânea faz bem e é legal, mas todos nos acrescentam algo, é inevitável.
E não sejamos hipócritas, se não gostar, tchau. Não venha fingir carisma. Ninguém precisa disso.
Tanta gente e gostos diferentes, se conseguirmos agradar um terço da festa já é muito e podemos sair felizes. Pois convenhamos, é bem difícil agradar o ser humano. Ô raça exigente. E o que mais incomoda, são aqueles que julgam pela aparência. Temos todos uma beleza única e quem somos nós para julgar? Primeiro, olhe no espelho, segundo, saiba que a humildade é bem sexy. Se a beleza do outro não te agrada, simplesmente cale a boca, pois em relação à isso, a sua opinião não tem importância alguma, só irá magoar uma pessoa que pode ser linda por dentro. E vale mais um feinho legal, do que alguém com rostinho bonito, apenas. Ao menos que queira fazer uma média diante à sociedade (???).
Mas, também erramos e magoamos, infelizmente, pois as pessoas são diferentes,
sentem e interpretam as coisas de formas diferentes. Pediremos desculpa e seguiremos em frente, sem cometer os mesmos erros.
E para aqueles que simplesmente tem uma implicância gratuita: um beijo, e seja feliz, pois queremos mais é ficar perto de quem gosta da gente.

domingo, 21 de abril de 2013

Crônica do Tapa na Cara

Todo mundo precisa levar um tapa na cara pelo menos uma vez na vida. É uma forma de aprendizado.
Há àqueles que nunca tiveram o prazer de dar um tapa na cara daquele filho da puta que fez alguma merda, e há àqueles que já levaram. Não guarde sua vontade, não sabe o que está perdendo, a sensação é muito boa. E se já levou, relaxa, se não quebrou nenhum dente, você está no lucro, mas pense bem sobre a merda que fez.

Se você já teve aquela "amiga" que passou anos do seu lado, e só depois foi perceber que tudo não passava de uma farsa pra te ver na pior, invejando e complicando a sua vida, tapa na cara dela.
Todo mundo tem um parente invejoso, maldoso e que adora falar mal das pessoas pelas costas. Que no final do ano quer te abraçar e falar que te ama, sendo que passa o ano inteiro sem ao menos perguntar se você está bem. Só se aproxima por interesse, e se você tem um sítio, fica esperto, vai se aproximar ainda mais. Tapa na cara dos parentes!
Se as pessoas que moram com você deixam copos sujos na pia esperando que você lave, tapa na cara deles.
E aquelas pessoas que não te parabenizam por uma vitória, que não se importam, que te cortam quando você está falando, que não respondem quando você fala Bom Dia. Tapa na cara de todos eles.
Aquela pessoa que viveu momentos bons do seu lado, que foi romântico falando sobre paixão, mas que no final sumiu e não faz nem um telefonema e nem manda um sms pra saber como você está. Tapa na cara dele!
Aquelas pessoas que julgam pela aparência. Que não conversam ou te olham feio por você não ter a beleza padrão da moda. Se a Gisele Bündchen tem o nariz grande, por que você vai se preocupar com o seu? Se o Jô Soares é o gordo mais amável e rico da televisão, por que você tem que ter vergonha do seu peso? Porra, chega de hipocrisia, tapa na cara desses cretinos!

Tem gente que merece uns tapas bem dados na cara, pra pararem de serem chatos e começarem a cuidar mais das próprias vidas, respeitarem mais, serem mais humildes e honestos. 
Comece a agir, não permita que as pessoas te tratem como idiota. Mas não esqueça, depois do tapa na cara, mande para o inferno!

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Um Tempo para a Afinidade, Paixão e Sacanagem.

Como num filme antigo em preto e branco, a cena acontece ruidosa, acompanhando a imagem trêmula da tela que reproduz perfeitamente a palpitação dos lábios que nada dizem. As mãos mantêm-se unidas pelas pontas dos dedos, amparadas pelo medo da separação. Os olhos embargados pelas lágrimas tentam ostentar um perfil de certeza, mesmo sabendo que dali pra frente, nada mais seria solo firme.
 
E então chega o dia que tudo parece estar de ponta cabeça. A situação inverteu. Tudo era perfeito. Uma beleza nos atos e nas palavras ditas, todas sinceras e com um ar de ansiedade.
Sabíamos que isso iria acontecer, uma hora ou outra. Já era previsto, o problema foi não ter pensado em como seria quando acontecesse. E doeu. Lágrimas de tristeza pela perda, que pode ser concreta, mas também de alegria, pelo abraço intenso e acolhedor, pela sinceridade, carinho, respeito e pela esperança que nunca morre.
Não teve erro, não teve nada ruim. E a dor é grande quando algo bom vai embora. Foi simplesmente perfeito. Perfeito no momento imperfeito. Como uma flor linda que nasce em um dia de tempestade. 
Algumas palavras não foram ditas, ainda tem muita coisa guardada para falar, para mostrar. Só queria que soubesse que meu bom dia ainda pertence à ele. Que meu corpo e minhas vontades sinalizam pensando nele. Que todo o carinho guardado aqui dentro, eu continuaria dando à ele. 
Eu queria acreditar que não era para ser assim, eu estava acreditando que não seria. Mas nossas escolhas são diárias, e é impossível fazer sempre as mesmas. Era um sonho lindo, mas que de repente amanheceu nas mãos do tempo, com uma fraqueza tão nossa. Uma dificuldade de assumir que os caminhos divergiram, e talvez, só talvez, seja melhor seguir sozinho.
Talvez o tempo não resolva nada. Pois pessoas resolvem as coisas. Precisa de coragem para seguir o rumo que precisa ser seguido.
Pode ser que tudo volte de uma forma melhor, pois os mesmos ventos que levam no outono as folhas secas e cansadas, trazem de volta na primavera os lírios e as cerejeiras, que podem ou não dar no mesmo pé de outrora, mas certamente florescerão mais lindos e renovados do que nunca.
Minha vida está aqui, vou continuar dando luz à ela, mas é na primavera que prefiro acreditar, mesmo sabendo que o silêncio responde até aquilo que não foi perguntado. 

sábado, 6 de abril de 2013

Sobre o Medo de Amar de Novo.

"Olhando assim de longe, com olhos mirando o sorriso, a leveza dos passos acompanhando as horas, a delicadeza ao esconder a franja atrás da orelha, mal se sabe da bagagem muitas vezes pesada, que nos acompanha na travessia. O amor costuma deixar rastros, pegadas, marcas duras que sobrecarregam a singela malinha reformada em vivos tons florais que levamos no entrelaçar dos dedos, ao longo da vida. A gente pega tudo aquilo que um dia doeu, machucou, feriu, negligenciou, e coloca ali, naquela mala cheia de flores radiantes, que é pra lembrar que até na dor se consegue algum perfume.
Nos bares, na balada, no cinema, no jantar com as amigas, lá está ela, nossa doce pintura floral recheada de medos, receios, lágrimas, despedidas, resquícios de chegada, beijos que selaram partidas, a nos lembrar aquilo que os grandes poetas já previam, o amor pode vir  bem de mansinho e nos dilacerar de novo.
Penso nos passarinhos que nos cortejam com a sinfonia do amanhecer mesmo ainda de janelas fechadas, pois sabem que o dia chega para todos, mesmo que a noite seja um pouco mais longa para alguns.
E como as melhores coisas da vida, surgem assim, em acasos afortunados, a mocinha da padaria retribui seu sorriso na fila do pão, o cara do elevador resolve te auxiliar com os milhões de papéis ou simplesmente aquele gato/a da rede social da sua irmã te envia uma solicitação de amizade acompanhada de um convite para o jantar de quinta feira. É o amor pedindo passagem. É o amor com uma pá, uma vassoura e uma chave pra destrancar o cadeado dessa bagagem tão friamente lacrada a cada ida e vinda.
A mão se estende acompanhada de um inquestionável sorriso no olhar, mas logo o braço recua. É que dá um medo danado se apaixonar de novo. No meio de um monte de cacos, estilhaços, mágoas, dores, aparece alguém com uma “super cola”, um sorriso lindo e diz: levanta menina! Um milhão de decisões equivocadas, atitudes impensadas e impulsos desconexos passam pela nossa cabeça e você hesita. Hesita, porque cicatriz de amor é uma das coisas mais difíceis de se carregar na bagagem. Não tem roupa, cachecol, colar ou armadura que esconda a marca eterna daquilo que não ficou. E a iminência do amor, traz também muitas vezes, o presságio de uma nova ferida.
Daí a gente olha para o lado e tem a amiga traída pelo namorado, o rolo inconsistente da mesa ao lado, o beijo sem sentimento do cara balada, todos os sms não correspondidos e pensa: não seria emocionalmente mais prudente caminhar sozinha?!
De fato seria. Mas ai tem também aquela amiga radiante com os preparativos do casamento, o pedido inusitado de namoro de dois desconhecidos no corredor da faculdade, a troca de olhares amorosos do casal de amigos no bar, e todo o medo que motivava o receio some, como num doce passo de mágica. Os pequenos requintes de delicadeza como o gorjeio de um bem-te-vi pela manhã, nos fazem lembrar a parte mais importante do amor: aquela que não dói.
É verdade o que dizem por ai: amor é coisa de gente corajosa, amor é coisa de dois. Talvez por isso seja tão absurdamente difícil criar vínculos com alguém. Não basta haver oportunidade, tem que existir troca, predisposição. Tem que existir parceria. Aquela que você troca sua bagagem pela do outro por livre arbítrio e juntos, libertam para o mundo todas as pétalas mortas, daquela flor, que um dia foi um suave buquê. Ao invés de bagagens, mãos dadas. Ao invés de peso, leveza. O amor antes um pássaro engaiolado, agora, permite-se ser livre.
Penso nos passarinhos da janela, na saudação do bem-te-vi, em primeiras, segundas e terceiras chances, penso em passarinhar.
Se o passarinho vier: dê passagem, ofereça sua bagagem e abra os caminhos. Porque amor de verdade se a gente deixar, muda a vida da gente. Passarinhe, aninhe, ame por aí…"

Danielle Daian

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Passos

Os passos estão mudando constantemente. Cada dia é uma coisa diferente, cada mês mais novidades e a cada ano novas histórias para contar, se divertir e até chorar. Caminhos a serem traçados nos esperam dia a dia, e pessoas estão por vir para trazer alegrias, experiências e boas lembranças. Nada é em vão. Tudo tem seu lado positivo e algo para se aproveitar e aprender.

Sozinho, anda-se na velocidade que se quer, e pode-se parar onde bem entender, sem dar satisfação a ninguém. Mas, e aquele carinho sincero? Aquele cafuné de domingo à tarde? Aquele passeio de mãos dadas? Aquela preocupação fraternal que criamos por alguém especial? Aquelas conversas bobas e divertidas? As gargalhadas das palhaçadas? Isso faz falta, e só estando ao lado de alguém que a gente gosta e que gosta da gente podemos ter. Claro, podemos ter tudo, mas de formas diferentes. É legal construirmos algo, ter afinidade e intimidade com alguém. A intimidade pode ser uma merda por um lado, mas é maravilhosa por outro, pois nos permite fazer, descobrir, experimentar, falar, tudo que quisermos e tivermos vontade, além das surpresas que o convívio e a criatividade pode proporcionar. Mudamos para fazer feliz, para fazer bem.

Sinais? Eles existem? Será que quando algo aparece à nossa frente é um sinal ou apenas um aviso do nosso psicológico para tomarmos cuidado ou para continuarmos? Pois o nosso inconsciente sabe muito bem o que devemos fazer, ou seja, nós sabemos, apenas não admitimos e muitas vezes tampamos nossos olhos para não enxergar.

Querer muito? Não, o que eu quero é simples. Não exijo e ninguém deve exigir.
"Se nada nos salva da morte, que pelo menos o amor nos salve da vida." O amor pelas pessoas, pelo nosso trabalho, pela música, pela arte, pela vida. O amor pelo amor.

terça-feira, 26 de março de 2013

Perguntas sem Respostas


Qual o sentido da vida? Afinal, o quê importa? Batendo numa tecla quebrada que não mostra coisa alguma, apenas aumenta a vontade de bater, até que ela dê alguma resposta, imagem ou letra que decifre o que realmente é.
Por que o ser humano é tão cruel, invejoso, ciumento, inseguro, maldoso? Por quê? A vida acaba e não levamos absolutamente nada. Por que não aceitar as pessoas como elas são? Por que se afastar de um amigo que gosta de você? Por que não ter coragem de assumir as suas escolhas? Por que não perguntar se as pessoas estão bem? Por que não ter interesse? Por que deixar um copo sujo para os outros lavarem? O quê você faz da sua vida? O que você quer da sua vida? Provavelmente quer que as pessoas te respeitem, que as pessoas gostem de você, que as pessoas sejam legais com você. Mas e aí, o que você faz por elas?
Tem tantas pessoas dizendo por aí que desejam a felicidade dos outros pois gente feliz não enche o saco. Que merda! Vão para o inferno! O ser humano precisa de amigos, pra tudo, pra sorrir e pra chorar. Vamos ouvir, compreender, dar conselhos sinceros e certos, vamos querer o bem. Não importa se você não conhece a pessoa, talvez ela não tenha mais ninguém para conversar. As pessoas precisam das pessoas. Vivemos uns para os outros.

Por que sentimos tanta dor? Por que somos tão sentimentais? Choramos por carência, por abandono, por perda. Choramos por insegurança, por medo, por revolta. Somos tão fracos que desabamos quando algo acontece, seja lá o que for.
Por que sofremos tanto com a distância? Por que queremos tanto alguém? Temos medo da solidão.
Somos egoístas, queremos tudo do nosso jeito. Não pensamos nas pessoas que nos acompanham, que chorariam por nós.
Tantas pessoas boas, esforçadas, que estudaram e trabalharam a vida inteira, que cuidaram e se cuidaram, que se preocuparam, que sentaram para conversar e entender, que ajudaram, que amaram e agora estão numa cama de hospital, debilitadas, precisando de fraldas. É triste, revoltante e doloroso.
É esse o fim? O nosso destino?

Corremos perigo nas ruas, podemos ser assaltados, sequestrados, estuprados e até mortos por estúpidos que nem nos conhecem, que nunca nem vimos. Por que isso acontece? Por que as pessoas estão cada vez mais frias? Todos morrem e até as lembranças somem, e por que ainda continuar fazendo tudo errado?

Por que tanta seriedade? Por que tanto desânimo?
Por que a ganância? Por que a traição? Por que a falsidade? Por que a incompreensão?
Por que o sofrimento? Por que a solidão? Por que a carência? Por que o ciúme? Por que a insegurança?

Me diga o porquê de tudo isso. Por que nos sentimos tão perdidos? Tudo é tão simples, e gostamos tanto de complicar.

quarta-feira, 20 de março de 2013

Em busca do que é belo e vulgar.

Inventando as certezas de um tempo calmo e nublado. Aquela vontade louca de andar descalça em um lugar sereno, onde há paz e pássaros. Talvez mato, areia ou assoalho, da sua casa.
O despertador toca, preciso acordar, levantar e começar a trabalhar. Um, dois, três cafés que completam os momentos sóbrios e sonolentos. Melodias tranquilizantes que soam os ouvidos e fazem lembrar. A gente sempre espera melhorar o que temos por perto. Preciso da sua voz, do seu refrão.

Mudando as coisas de lugar, parecem que se movem sozinhas. Então, está bem. O meu refrão, sem graça. Pois então, consegue ouvir? Não deixe pra depois o que podemos fazer agora. Tudo o que não deu pra concertar por causa do depois, deixa pra lá. O agora, o nosso presente, o nosso refrão está aí. Acerta a coisa certa. A gente mesmo escolheu, e fizemos a escolha certa, que um dia pode mudar, mas não vamos pensar. Com graça, me faz sorrir.

O mundo não espera, não tem jeito não. Segure a minha mão.
Alguns de nossos amigos se afastam, por quê? Justamente agora que temos um sorriso no rosto. Isso não é certo. Eu não tenho um barco nem um carro, não posso fugir. Cadê meus amigos? Deixa chover. Quando o sol aparecer poderei estar cansada. Aquela importância já não existe mais.

Eu vou te acompanhar, vou te ajudar a encontrar um caminho melhor e a decorar o nosso refrão. Vamos ver o mundo girar de cima no tempo da preguiça. Mas tudo bem, o dia vai raiar pra gente se amar, do nosso jeito.
Eu não sou ninguém, nada além de outrem. Em busca do que é belo e vulgar. Se você quiser, pode ir, pode me esquecer, mas me deixe o seu cheiro. Te empresto minha neblina, pra você levar. Segue por aí, estarei observando seu andar.
Nos inventando sempre que dá. Foi bom te encontrar, menino. Sou sua. És meu.

quinta-feira, 7 de março de 2013

Boas Lembranças

Lembro de uma das bandas de rock nacional que eu gostava quando tinha entre 11 e 13 anos, de uns caras maloqueiros e doidos que faziam uma música animada com poesia e um tanto de malandragem. Lembro também que eu achava o vocalista o gordinho mais lindo e tudo que eu queria era que minha mãe me levasse em Santos, para ver uma tal pista de Skate. E claro, lembro muito bem que respondi um daqueles "cadernos de perguntas" de alguém da escola, e na parte, "qual é seu sonho", respondi: Conhecer o Chorão do Charlie Brown Jr. Essa era a banda!
Meu irmão também gostava, e um dia comprou o CD Bocas Ordinárias, e foi ouvindo esse álbum que comecei a gostar, que por sinal é muito bom. Até que lançaram o acústico MTV e eu adorei! Queria comprar de qualquer jeito, e comprei.

Quando já tinha 13 anos, a banda Linkin Park marcou um show no Brasil, e qual banda estaria de abertura? CBJr. Mas como eu não tinha dinheiro, né? Meu irmão comprou o ingresso, por curtir a banda principal. Quando um dia minha prima vira e fala que ganhou um par de ingressos na rádio 89. Não tinha para quem vender, e deu pra mim. A felicidade foi a mil.
Que dia incrível! Minha mãe nos levou até o Morumbi e acabou ficando com a gente naquela fila que dava voltas no estádio. Que emoção, meu primeiro show de Rock. E como não tinha muito o que vestir para ficar pelo menos parecida com alguém que estava em um show daquele, fui com uma camiseta do meu irmão, do Linkin Park. Estava linda. Um dos shows mais animados que já fui, até por que foi o primeiro e em família. Inesquecível. Uma energia tão boa, e eu, sensível como sempre, chorei quando o Charlie Brown entrou no palco. A arquibancada vibrava. Emocionante. Realmente eu sai de lá outra pessoa. Aquele show fez eu começar a pintar as unhas de preto, rs. Que lembrança boa.

E hoje, recebo a triste notícia que aquele cara, gordinho e talentoso da banda que eu curtia, morreu. A princípio não acreditei. Mais uma piadinha do Facebook, talvez. Mas... é verdade, infelizmente. Peguei meu CD, coloquei pra ouvir e comecei a escrever, pois as lembranças vieram, junto com algumas lágrimas.


"Que bom viver, como é bom sonhar
E o que ficou pra trás passou e eu não me importei
Foi até melhor, tive que pensar em algo novo que fizesse sentido.

Ainda vejo o mundo com os olhos de criança
Que só quer brincar e não tanta responsa
Mas a vida cobra sério e realmente não dá pra fugir

Livre pra poder sorrir, sim
Livre pra poder buscar o meu lugar ao sol.."

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Um dia não muito feliz...

 
Vivemos em um redemoinho de sentimentos. Um dia acordamos felizes, sorrindo à toa, em outro com uma vontade imensa de receber um abraço, de passar o dia no quarto chorando com uma música no último volume de fundo. Uma carência que nos sufoca, um desespero terrível de perder alguém ou de que algo possa não dar certo. Diversas coisas passam pela cabeça, criamos conflitos e parece que tudo em nossa volta se distancia cada vez mais.
Sabemos que isso vai passar, e pode ser até na próxima manhã, mas hoje, agora, está doendo, é agora que o peito está apertado e é agora que precisamos daquele abraço, daquele carinho, daquela conversa acolhedora. Mas infelizmente no momento só temos a cama e o travasseiro para nos acolher. E só de pensar nisso dói ainda mais.
Só precisamos dormir e acordar no dia seguinte como se nada tivesse acontecido. Talvez até um calmante pode ajudar, até por que, parece que nessas horas dormir se torna impossível e nos martilizamos todos os segundos com os olhos abertos.
Às vezes nem temos explicação para essa tristeza, ela simplesmente aparece destruindo completamente nosso humor. Sendo que ontem estava tudo bem e estávamos esbanjando alegria. Mas tem coisas que realmente não necessitam explicações, apenas a companhia seja lá de quem, da mãe, do pai, do irmão, da amiga, do namorado, já nos acalmaria e faria com que tudo melhorasse. O problema é tê-los por perto nessa maldita hora.

Sumir por algumas horas seria o ideal! Ir à praia e ver o sol nascer, andar descalça na areia beirando o mar e fazer amizade com um cachorro de rua que parece estar na mesma situação.
As confusões, os conflitos, a carência momentânea, está apenas dentro de nós. Criamos isso e somos os únicos responsáveis. Muitas vezes ninguém tem o mínino de culpa por esse sentimento estar à tona. Mas ninguém pode julgar o que acontece dentro dos outros. Apenas tentar entender e dar um abraço se não for pedir muito.

O sono chega de mansinho como quem não quer nada, e aquela canção continua soando às paredes. Não nos movemos durante à noite. Pois quando a tristeza bate forte, acordamos exatamente do jeito que deitamos. É tão intenso, tão doloroso que não conseguimos nem nos mover.
Ao acordar, com os raios de sol tentando entrar no quarto, levantamos com um peso, uma dor de cabeça terrível pelas diversas lágrimas da noite anterior. Mas ao sair de casa e receber um bom dia, notamos que aquilo foi apenas um sonho ruim e que hoje pode ser tudo diferente. Fraqueza? Temos de sobra. Não somos fortes o suficiente para aguentar tudo todos os dias. Infelizmente. Mas somos os únicos responsáveis por fazer o dia ficar bem.
Por isso amanhã eu vou estar melhor!

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Afinidade, Paixão e Muita Sacanagem.

Depois de alguns meses à procura de algo bom, intenso e completamente prazeroso, eis que surge um par de olhos azuis e de mãos aconchegantes, 1,86 de pura gostosura, cabelos encaracolados, uma barba para se roçar e um jeitinho extremamente sedutor. Lindo, legal, carinhoso e ainda por cima me faz rir. Como resistir a tantas qualidades? Uma conversa que me fez perder um pouco dos sentidos, me levou a tal profundidade que só pensava em mergulhar naqueles lindos olhos azuis. Uma noite gritante, que tinha tudo para ser igual às outras, mas me proporcionou algumas horas de desejos intensos.
Eu não esperava, não tinha ideia do que aconteceria, era tudo muito incerto, assim como todos os outros encontros que se perderam por aí. Mas algo soava diferente, eram dois corpos se comunicando, olhos entrando em harmonia, uma perfeita simetria.
Dias e dias conversando por horas e horas. Não tinha nada mais gostoso do que receber um sms de alguém que fazia com que minha ansiedade aumentasse cada vez mais. E depois de esperar, pude beijá-lo e abraçá-lo a vontade. Não pensaremos no amanhã, apenas curtiremos os momentos da melhor maneira possível.

Talvez algumas mulheres ainda sonham muito com um amor de cinema, e claro, isso passa pela cabeça, mas não deve se tornar uma ideologia nem mesmo uma meta para o ano, apesar de todo mundo caminhar à procura da felicidade à dois. Mas, colocar os pés no chão sempre é uma boa escolha, até por que, a fase dos 15 já passou faz tempo.
Quero que tudo seja bom, independente das diferenças, desde a amizade até o sexo, que por sinal, é maravilhoso. Todo homem pode surpreender muito uma mulher. Mas estou tão surpreendida que tudo tem se tornado novidade. Beijos e toques que nos levam direto para uma cama de hotel. Uma intensidade que me faz arrepiar. Algumas palavras carinhosas... Não quero largar esse homem! E deixei isso bem claro para ele, pois nada mais gostoso do que demonstrarmos o que sentimos. E para quê esconder isso dele se realmente não quero o largar? Ele pode não querer o mesmo, mas pelo menos vai saber da minha intenção.
Não tive vergonha alguma de deitá-lo na cama e começar a "brincadeira", tive vontade de fazer isso antes mesmo do nosso encontro. Imaginava como seria e minha vontade de vê-lo sentindo prazer era tão grande que nem conseguia dormir. Estou gostando desses olhos, e fazer sexo com quem a gente gosta é ainda melhor.
Acordar com um "bom dia" no pé do ouvido e ser preenchida por beijos e carinhos é ganhar o dia. Aquele sexo matinal que é simplesmente fantástico, me fez não querer voltar para casa. Poderia passar dias ali, naquele lugar com aquele homem. E as horas com ele passam tão rápido. Uma pena.
Nossa intimidade só tem aumentado, e conversar sobre sexo tem sido mais confortável que comer pastel na feira. Gostamos de falar à respeito, é importante sabermos das vontades um do outro, e nunca conversei sobre isso tão abertamente com alguém. E depois disso fui surpreendida com algumas surpresinhas. Algemas, uma venda e um balde de gêlo fazem parte da nossa sacanagem e afinidade de tão pouco tempo. Que delícia!
Perder a vergonha pode ajudar muitas pessoas a serem felizes e se divertirem 10 vezes mais. Por que negar um momento de prazer, por mais diferente que seja, com uma pessoa que você simplesmente confia e se sente bem?

Há tantas gargalhadas, passeios durante a semana apenas para matar a saudade que já sentimos um do outro. Beijos durante a caminhada e abraços tão sinceros em cada esquina deixam tudo maravilhoso. Há uma tristeza nas despedidas, mesmo sabendo que nos veremos muitas vezes ainda, "não quero ir embora", mas cada um vai para um lado.
Existem pessoas que simplesmente nos fazem sorrir naturalmente, e ele é uma delas. Sinceramente toda mulher merece isso. Carinho, conversas, respeito e muita sacanagem. Para quê nos limitarmos? Cada piscada deve ser um orgasmo. E isso deve ser sempre dividido com alguém especial.
Já se passou um pouco mais de 1 mês e a cada dia fica mais gostoso. E o melhor, tudo tem sido recíproco. Aqueles lindos olhos azuis têm me feito feliz. E fazê-lo sorrir é o que mais quero. Não quero errar, não quero brigar, apenas fazê-lo feliz enquanto estiver por perto. Há muitas coisas para descobrirmos e muito tesão para saciarmos. Convivemos com intensidade, e realmente espero que essa chama não apague.
Pois é, me apaixonei.

"O olhar é observador, interessado, atento às nuances, sente o outro enquanto percebe a si. Ele não julga, apenas contempla."

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Segundo Encontro

Um ótimo convite para uma sexta-feira à noite. Uma festa com os amigos, onde conversa vai e conversa vem e tudo se torna ameno. A noite não poderia ter sido melhor.

Não há segredos para algumas coisas acontecerem. Simplesmente acontecem e muitas vezes a vontade basta.
Na primeira vez não houve contato e nem interesse, mas a segunda superou todas as expectativas. Conhecer alguém é tão importante quanto sorrir. Aumentamos nossa experiência e aquele friozinho na barriga, que convenhamos, é tão gostoso, sempre estará presente e nunca será de mais.
A madrugada está agradável e a simplicidade de uma conversa ou de uma tentativa de tentar fumar um cigarro, torna-se memorável. Depois de reparar bem, nota-se a beleza de alguém. Por fora e por dentro, talvez.

Às vezes a primeira impressão não é a melhor, mas a segunda pode ser, e foi. Sabe-se dos perigos, das coisas que não devem ser feitas, pois não é justo quando envolve outras pessoas. Mas depois de algumas horas de conversa e de algumas doses, tudo ficou claro. Sim, existe vontade, e muita. Não há o que negar, apenas o que pensar. E sinceramente, o pensamento foi longe.
Todos indo dormir e a varanda se enchendo de desejos. Aquele segundo encontro estava ficando bom demais. Sem muito que pensar, os lábios se encontraram. Uma aproximação deliciosa, um abraço gostoso e um beijo maravilhoso.
O dia amanhecendo e o corpo esquentando. A intimidade pode ser pega no ato, no ar, em um simples momento. Um cheiro bom, que ficou registrado durante um tempo.
Com os olhos já fechados, um toque para relaxar e o carinho para poder sonhar. Bom que o sono não durou muito, daí a hora de acordar e ver aqueles olhos lindos chegou mais rápido.

O amanhã ninguém sabe, mas há perigo e duas vidas diferentes traçadas por um desejo incontrolável. Talvez fique, talvez não. Tudo tem seu tempo.